SAUDADES

SAUDADES

Tenho sede de te ver,

Como naqueles dias em que nos tocamos de verdade,

Suas vestes vermelhas,

Seu véu azul que cobriam seus cabelos,

Que escondiam sua misteriosa beleza deslumbrante.

Queria que aquele sorriso me tocasse novamente,

Não em pensamento,

Nem muito menos na lembrança.

Se pudesse ao menos ter a oportunidade de te tocar novamente,

e de sentir seu cheiro.

Sei que e impossível agora em que não estamos juntos,

em que nossos passos não mais se encontram,

que não mais andam juntos.

Tenho sede das suas aventuras quando elas eram as minhas,

tenho sede de nosso tempo.

Tempo que se perdeu,

Que deixou de existir,

Mas insiste em permanecer no meu coração,

Um coração perdido.

O destino preparou o caminho da dor,

e em pedras meus sentimentos caíram, machuquei-me, iludi-me.

Agora estou aqui perdido,

saciando a minha sede de viver,

de nascer novamente pro amor,

um amor desconhecido, frágil.

e que faça me esquecer,

das dores passadas,

das tristezas,

e das lembranças marcadas.

Alexandre Ribeiro 26/jun/2006

ALEXANDRE RIBEIRO
Enviado por ALEXANDRE RIBEIRO em 29/06/2007
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