Sombras

foices amarelas avolumam-se

nos desvãos da casa

macias feridas de soníferos

aguardam a visita da lua

no chão batido umedecido

poeira e terra

serpentes sem corpos

velam o tempo, sisudo,

brincam com sombras ou

aventuram-se no silêncio ,morno,

do cotidiano que as esquece

retinta e opaca a ironia da Nave

larga ao céu largada.

Jandira Zanchi
Enviado por Jandira Zanchi em 30/06/2007
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