FEITICEIRA I
“...feiticeira, como a rosa, tão formosa...”
diz a música, diz o poeta dum tempo
em que rosas e feiticeiras eram e podiam ser
musas formosas, “hermosas”, gostosas, saborosas!
...hoje o poeta se enfeitiça e diz da feiticeira, em sua lide de caldeirão,
que sua formosura é bálsamo, é remédio da hora da dor,
aquela do fundo, bem do fundo, do coração! ...é linimento de amor!
...resuma-se: a feiticeira sobrexiste ao tempo do poeta primevo
e a todos os tempos de todos os poetas; é assim,
mais que a formosura da rosa, ainda d’outro tempo!
...feiticeira é vento, é giro (como o da teresa), que nos roda
na roda da vida, no vendaval da beleza,
que vem da montanha!
28/09/2005 – 20:56h