Casulo
ele está ali
inerte
enclausurado
no seu castelo
sem forças
para pensar
para decidir
para sonhar
ele está ali
inerte
amordaçado
quer gritar
quer voar
soltar as amarras
mas ele fica ali
inerte e mudo
silencioso
em sua gratidão
preso em sua culpa
engolindo tudo
sua própria inércia
em sua torre eterna
qual gaivota sem asas
qual um urso sem mel
qual um avestruz cegado
qual borboleta sem futuro
inerte
em seu próprio casulo.
Mô Schnepfleitner
01/06/2015