Janela

Aberta ou fechada,

Sempre uma saída,

Metafísica clicherizada

Por onde vaza a luz à noite, entra a luz do dia.

Enquadramento momentâneo;

Obsessão do suicida;

Um caminho que desata

Por veredas a perder de vista.

Poderias te alongar e ser uma porta,

Por onde entram e saem coisas;

Deixar a má fama,

De ser por onde as mágoas se atiram.

Terias maçaneta e dobradiças,

Que te abririam e fechariam;

O lusco-fusco da espera,

Com estalidos de nostalgia.

Parecerias muito mais com uma mirada;

Serias, então, a entrada da alma,

Não mais o caminho curto,

Não mais o fim da linha.

Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 06/12/2015
Reeditado em 04/01/2019
Código do texto: T5472216
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