Namastê!
dançando nua
cantarolando trechos de músicas
inventadas ali,
na alegria da chuva
de uma rua sem ninguém
abraço as árvores
-ancestrais espíritos
de conhecimento-
e satisfatoriamente permaneço
em contato com os passarinhos
penso na Índia
como quem compõe um mantra
o rio, as vacas, macacos
e pessoas iluminadas
bastam aos meus olhos
cheios d’água
o sorriso profundo
de quem caminha transitoriamente
pelo espaço da divindade
quando se comunga com o amor
a perspectiva muda,
o sol nasce
e a gente renasce
bem-vinda claridade!