A tentação dos contrários

Os contrários, que habitam e pertence a substância, ou como desejarmos, que está contido na unidade de algo como quente e frio por exemplo. Estes, que se dão como contrários do mundo, no vínculo de sua unidade, na tragédia grega é dado como a epifania da divindade, de outro modo, os contrários, no homem, agem como a fábula de esopo, visto que o homem arrefece ou esfria a mão com um bafo ou um sopro.

Dado isso, poderíamos provar então, a partir dos exemplos análogos que, em todos os casos, é possível se dizer que os contrários habita a mesma substância, entretanto, como explicar que esses contrários, dados na mesma substância são apenas nomeados: "verossimilhança"? Será apenas com vista numa conclusão de provar uma tese relativa, isto é, que existindo coisas concretas, poderíamos conceber coisas subjetivas, em si mesma, como "contrários"?

Que são contrários então? São tais que, atuando numa variação da própria coisa, poderíamos chamar de variações. De outro modo podemos pensar também que, tanto a divindade quanto o mundo, assim como o homem, possuem em si, i.é: na própria natureza, contrários que assim nomeados, devem se situar caracterizando um certo equilíbrio com o meio. Assim, na anfibolia do caráter do homem - no soprar ou baforar - a contradição se dá numa mesma natureza.

Salvo isso, duas questões relacionadas com a acepção da palavra: "contrários" como configuração de verdade nos chama a atenção. A primeira na divindade, a segunda, no homem cujo extrato desse choque de contrários resulta num equilíbrio, uma espécie de justa medida que, a partir do logos desemboca numa determinação: ética.

Essa epifania no particular, dada na explosão de elementos contrários, ou ao menos nomeados como contrários por conveniência, no que deseja, persuade para chegar a um fim, o bem. E nesse ir de encontro a um bem, o que inicialmente é circunvizinho a seus limites, como o bem do corpo do homem particular, se estende, para outra substância certamente que, usando as analogias lógicas dos analíticos e dialéticos, segue-se guiada pelos anseios da alma humana, inquieta com as consequências do todo.

....continua....?

Pingado
Enviado por Pingado em 10/12/2015
Reeditado em 10/12/2015
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