No caminho do tempo

É tão comovente nascer !

Sonhar uma vida inteira, minuto a minuto!

Jogar-se nos braços do tempo, neste momento,

Infinito, longo, interminável...

E, com que ansiedade dar os primeiros passos,

Incertos, desengonçados - num salto,

firmes, plantando o caminho.

Criança,Jovem, adulto!

Ver-se novo, ver-se grande, ver-se homem!

As estradas se alargam na presença ousada;

o riso, as mãos, os olhares, todos, medidos,

Premeditados... a vida planejada.

Mas o tempo dali não se afasta.

Alternam-se luz e sombra;

o infinito se faz finito pouco a pouco.

A estrada se estreita, os passos,

menos ousados...

recolhem momentos vividos.

Sem rancor. Sem enganos.

Sem exigências.

O ciclo que se fecha, silencioso,

liberto!

Anna del Pueblo
Enviado por Anna del Pueblo em 13/12/2015
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