ASFALTO

As roupas são as mesmas

porque enfim, não mudamos nada.

Continuamos perfurando os braços

porque a iluminação não vem de cima.

Acabou.

As ruas são selvas de paetês,

e as casas não podem abrigar esse grito infame.

É paranoia, suco de uva e incríveis prostitutas.

Aquilo de que você realmente se perdeu

quando resolveu tornar o asfalto um poema.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 26/12/2015
Código do texto: T5491685
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