DEPOIS DA FESTA
O que vem antes da dor
é uma noite de sonhos corrompidos.
E sonho não cabe entre o passo e a rua,
nem entre artérias entupidas de humor letárgico.
São os motivos pelos quais as coisas têm nomes.
Essa insanidade de se arquivar a frustração da matéria.
Do que se precisa, nenhuma língua tem certeza
e esta morre, antes que a mandíbula se mova.
Tudo foi feito para a falsificação,
menos a insanidade que revela par que servem terminações nervosas.
Nenhuma alfaiataria contem gestos sem rumo
e nenhuma palavra entenderá a frustração que vem depois da festa.