Desordem D'alma

O clima fúnebre deste apartamento

Faz de mim um escravo da solidão

Sobre a mesa a desordem d’ alma

Demonstra a imensa dor do meu olhar

Meu olhar, pairado no horizonte

Está a recordar momentos de pura emoção

Em silêncio as lágrimas percorrem meu rosto

E a fumaça do cigarro intensifica a desilusão

A madrugada é densa, custosa a terminar

Insiste a cada momento que devo um dia amar

E amar é algo complicadíssimo para tecer

O clima do apartamento triste

Faz-me ter uma intensa revista de mim

E sobre a desordem da mesa eu vejo você

Confesso olhar os cacos, metáforas do que sou

São pedaços de mim, retalhos do que fui e como estou

Cada lágrima que percorre meu rosto

É uma lição que tive que aprender na difícil missão de sobreviver

Cavaleiro das Desilusões

A madrugada é triste, não termina no fechar do meu olhar

E a vida nesta noite fria ainda insiste em me falar de amar

Passe oh noite fria, não quero contigo falar

O clima do meu olhar pairado no horizonte

Faz de mim um silêncio de recordação

Sobre a mesa dos desesperados

As cinzas do meu cigarro queimam o nosso retrato

O dia é denso, custoso a chegar

Insiste em enxugar as minhas lágrimas fúnebres ao levantar

Arthur Montenegro e Alex Rodrigues
Enviado por Arthur Montenegro em 05/01/2016
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