A Chamada
Dia após dia, procurando.
Noite após noite, acordada.
Cada luz acende,
espero para abrir a porta do meu destino acarinhado.
Mas, de novo e de novo, bato em uma parede,
barreira intransponível que se esforça para manter-me isolada.
Há horas que responde a meus apelos,
mas minhas palavras não convencem.
Não entende a minha necessidade real
Minhas urgências imediata.
E assim o tempo passa ponderando minha existência.
presa estou em sua torre, exilada
longe, ignorada
apenas finjo compartilhar o seu abandono.
Serei descartada depois de pares para o abismo?
quer que diga o indizível.
Sou eu a causa?
Em mim habita o vazio.
Errado o meu curso?
Ou sigo seu caminho?
Insônia...horas de escuridão sem luar.
Os sonhos inquietos, de aparência inocente.
Interior de suor frio e molhado.
De cenas febris quebrada pela noite.
Na distância de um horizonte sereno.
Eu ofereço a madrugada um fim.
Com novos impulsos para outro dia reviver.
Minha alma presa pelas correntes que você almeja.
Dia após dia, olhando.
Noite após noite esperando...
a chamada há muito aguardada
para nos dizer, acabou o sofrimento
que a "graça"
E voltamos para o ninho.