Ainda há a andorinha
As andorinhas
nunca voam
objetivamente
dançam
fadas bailarinas
ao sabor do vento
ensaiam
suaves acrobacias
sem pensar no tempo
fluindo
tecendo ritmo
na brevidade da vida
um espetáculo efêmero
selvagem
no universo infinito
suas asas só aplaudem
enquanto criam
antes do fim