Memórias roubadas dos estrangeiros

Homens hirsutos desembracaram;

Desembainharam seus falos,

ungidos com azeite.

Que comecem a caçada!

Desbravem a terra estrangeira,

Espalhem a semente bastarda.

Ouçam, é o canto de Nanã;

Convite para as águas lodosas.

Deixa que charfudem,

Não conhecem a profundeza dos mistérios;

Entram e saem

E continuam maculados.

No ventre fértil

Plantam o etos do futuro.

Ouve, ecoam cantos de guerra,

ladainhas, banzo.

Vem, oh Mãe gentil,

Dá-nos tuas tetas;

Deixa que te roubemos a mocidade.

Cheguem todos, desflore-mo-la sob o lábaro estrelado.

Luiz Eduardo Ferreira
Enviado por Luiz Eduardo Ferreira em 22/01/2016
Reeditado em 31/01/2016
Código do texto: T5519035
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