NÃO A DEIXO, JAMAIS...

Eu deixo meu dinheiro, meu emprego

Eu deixo as roupas...

Eu deixo meus segredos por inteiro

E não me poupas...?

Eu deixo o meu sono até de lado

Eu deixo as noites...

Eu deixo-me calado ao fim do outono

Mas, não me açoites...!

Eu deixo tudo, e, sobretudo a vida

E só por ti...

Eu deixo a despedida, sem, contudo

Eu me ferir...

Pois que, jamais, na vida deixaria

O que me guarda...

A alegria e meus bens reais...

Anjo-da-guarda...

E questionais a quem duvidaria

Se existiriam...?

Poderes mais, que os sobrenaturais

A me fazer deixar-te poesia...

Autor: André Luiz Pinheiro

02/09/2015

Poesia publicada no livro - Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Vol. 130. Lançado em novembro de 2015 pela Câmara Brasileira dos Jovens Escritores - CBJE