Um rasgo em sua máscara
Seu sorriso aberto demais me assutou
Quando parte de sua máscara começou a rasgar
E por debaixo da fantasia de bom moço
Pude enxergar seu lado negro
E cada uma de suas intenções crueis
Mas sorri de volta, é claro
Não podia deixar transparecer
Quem sabe ao chegar em casa e olhar-se no espelho
Você se preocupe com o rasgo
E seja internamente corroído pela dúvida
“Saberá ela, ou não?”
E da próxima vez que nos encontrarmos
Talvez eu mencione o curativo em seu rosto
E você, cada vez mais confuso
“Saberá ela de algo
Ou será que se preocupa comigo?”
E quando tudo isso sarar
E não houver mais indícios daquilo que vi
Será difícil lembrar
Que de jeito algum posso esquecer
Seu lado negro
Por baixo da fantasia de bom moço