Marcas
Minha pele alva está cheia de marcas
Sutis lembranças
Que não me deixam esquecer
Quantas vezes já quis que todas sumissem
Que eu pudesse me renovar
E não precisar lembrar de tudo que passou
Por que tenho que lidar com essas cicatrizes
Com esses coágulos que insistem em latejar?
Por que tinham que me marcar?
Tento cobrir meus braços e pernas
Para tentar ignorar
Mas ao despir-me, serei obrigada a encarar
Aliás, minha face nunca me engana
Porque conheço cada linha de expressão
Sei o que significam e sua motivação
Se bem que mesmo imaculada
Não passaria de um alvo a ser marcado
Porque quando você escolhe viver
Você começa a, lentamente, morrer
Ainda sim, quisera eu não ter que te ver
Cada vez que me vejo