Enfim...apaixonada!

Enfim,

Surgiu você, minha miragem.

Meu presente do acaso.

Meu oásis nascido,

Deste deserto de mim.

Sonho, que busquei nas galáxias,

No cosmo infinito,dos recônditos anseios,

Cumplicidade desejada,

Em minhas fantasias mais antigas.

Outros portos, outros mares, outras vidas...

Estradas percorridas, na procura de guarida.

Enfim achei, meu elo perdido.

Num labirinto de letras e rimas.

Encontrei e confesso.

Profano meus medos,

E acolho você no meu corpo, no meu sonho, em mim.

Enfim, uma lareira no inverno!

Para aquecer o frio da minha alma.

Me perdir no teu olhar.

Me encontrei, nos teus versos.

Tão perto da sensibilidade...

Distante do físico,

Mais presente na alma.

Enfim, surgiu você.

E meu corpo te reconhece.

Te aguardou por tanto tempo...

Ao primeiro contato,sem tato, só imaginação.

Me deixo enfeitiçar por tuas palavras lindas!

Lançadas, sem direção,flechas soltas a esmo.

Acertaste o alvo sem mira, sem querer...

Conquistastes, meu desprevinido sentimento.

Meu mago querido!

Desabrocha você, como flor inesperada,

Que errou a estação,

E enfeita a tristeza do inverno,

Que dominava o meu coração.

Singular meu momento,

Sem medo da ilusão,

Solto as rédeas da imaginação,

Com imagens minhas e tuas,

E noites perfeitas.

De amores e cores.

Corpos suados, sedentos.

Meus seios em tuas mãos...

Enfim, posso sentir teu beijo,

Tua boca na minha e a vontade de se entregar...

A luta de nossas línguas,

Na busca do saciar!

Teu desejo me envolve num abraço,

Um cheiro de amor, espalhado no ar

Vontade de se entregar.

Cavalgas em mim, com maestria,

Harmonioso nosso compasso.

Com minhas pernas te enlaço...

Deliciada te sinto, te quero!

Te sonho a cada novo verso.

E espero embalada,

Os afagos que vêem, com as palavras.

De tua pena encatada!

Viraste, sentido, direção,

Vontade, inspiração.

Nome que digo num impulso!

Companheiro de minhas fantasias...da minha solidão.

Um tristão de sereias.

Que com a sutileza do gesto,

Me leva a conhecer outros oceanos.

Navegar outros mares.

Para desfalecer, na praia dos sonhos,

O cansaço de tanto prazer.

Fecho os olhos e sinto!

Enfim, você chegou,

Para me deixar assim,

Enamorada do sol.

Enlevada demais para pensar...

Pois, a paixão é inimiga da razão.

Enfim, vi florir meus versos,

Num jardim, em que são colhidos com prazer.

E eles vão, ao teu encalse.

Buscando guarida no teu riso fácil,

No teu versátil jeito, de aceitar meu sonho,

E dele fazer parte.

Enfim...

Nasceu em mim a esperança, do sonhar acompanhada.

E posso gritar na madrugada,

No meu gozo solitário,

Amo você.

Da maneira mais pura,

Que pode ser feito o amor,

É certo, a distância.

Mais sem a mácula da dor.

Puro e simples,

Amor!

Observadora
Enviado por Observadora em 01/10/2005
Reeditado em 10/05/2006
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