Liberto lentamente o tato
No contorno do teu rosto no retrato.
Deslizo os poros de minhas mãos em teus lábios
E sinto neles um beijo guardado.
Envolvo a moldura num abraço
E trago à tona um sonho do passado.
É a saudade de seguir teus passos
Onde quer que tenhas andado.
Espio teus olhos aprisionados
E verto lágrimas tristonhas,
Enquanto apanhas o que restou do tempo,
Eu sou vento depois da tempestade.
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 20/02/2016
Código do texto: T5549677
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