O que olhas, ser curioso?
O que queres no enredo
Dos meus segredos?
Tenho aqui todos os meus medos,
Os meus modos,
Os sonhos mudos
E as mudanças de humor.
Não te mostrarei, ser curioso,
Nada te mostrarei do meu amor,
Não deixarei um lágrima correr neste poema,
Nem que a pena que seguro
Tenha pena do que penso e digo.
Mas não direi,
Não direi, por mais que queiras saber,
Como consigo viver
Se nada mais tenho a fazer,
Nem como posso sonhar
Se ando entre corredores escuros.
Não te direi que sou do mundo,
E quanto mais eu me distancio dos seres,
Mais parecido eu fico com eles.
Não deixarei que descubras
Os motivos das minhas penumbras.
O que faço para preencher o espaço
Entre uma linha e outra,
Se nem poeta eu sou.
E achas que eu não sou louco?
É porque me conheces pouco
E nada mais eu vou dizer...
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 21/02/2016
Código do texto: T5550894
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