ANJO SENIL

Ela, louca, rodopiava

Cantalorava cantigas de roda

Tinha nos olhos azuis

O infinito do meu olhar

Porém nas águas tranquilas

Do seu límpido olhar

Via-se que não havia lucidez

Era apenas o mar desvairado

Eu percebia nela

A candura dos anjos

Mas pela falta de banhos

Cheirava a leite qualhado

Apenas em algumas horas

Nós éramos dois solitários

Quando juntávamos nossa fome

Que os fios do macarrão desenrolava

________________________

16.02.16

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 24/02/2016
Código do texto: T5553632
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.