O MAR

A tarde agoniza sobre os montes

Nessas horas mornas, preguiçosas...

Tudo parece deixar-se acabar...

O sol descendo a linha do horizonte,

A luz deitando-se solene sobre o mar...

Brancas espumas em flocos, sobre as águas,

Fogem ligeiras - sereias mensageiras,

Quebrando as águas jogam-se na areia,

Enquanto o anil do céu cai sobre o mar!...

Ao longe seguem vultos fugidios...

Velas brancas deslizam de mansinho -

Gaivotas soltas - levam mil barquinhos...

Vão pela noite, em alto mar pescar!...

O dia já se fez em despedida...

Réstias de fogo em lavas desprendidas,

Rasgam no espaço, em languidez sentida,

O último adeus neste pôr do sol!...

Mas, ninguém poderá saber se vão voltar...

É noite alta, a lua está alerta...

Sentinela atenta... O eterno farol

Tomando conta do homem no mar...

Perigosa lida pelo mar aberto...

Mas, na esperança da manhã chegar,

Puxando as redes cheias de iguarias,

Vencendo as horas pela freguesia

Traz ele, das entranhas do oceano,

A missão cumprida em seu cotidiano,

Saber que as mesas vai poder fartar!...

Ao alvorecer o sol vem despontando

Tingindo o céu de um dourado intenso,

Abrindo o dia com um foco incandescente,

Brilha nas águas em réstias de luz

A refletir o céu em gamas de azuis!!!

L. Stella Mello

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Stella Mello
Enviado por Stella Mello em 01/10/2005
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