Rota sem Rumo.
Três dias na rota sem rumo.
Sempre três carros passam em alta velocidade...
No acostamento a lua parece nos chamar para um passeio.
O luar é um mar de vento e fluidos.
A copa das árvores estão vivas a nos perscrutar em silêncio.
No quilômetro sétimo o asfalto deixa de existir.
O carro, parado, balança.
Há uma lança apontada para nossos corações...
A higwhay é finita e silenciosa...
Os corpos ardem no capô do carro...
O pneu, mesmo parado, esquenta...
A borracha quase derrete...
O motor ferve, mas não funde...
É a rota do paraíso...