Rota sem Rumo.

Três dias na rota sem rumo.

Sempre três carros passam em alta velocidade...

No acostamento a lua parece nos chamar para um passeio.

O luar é um mar de vento e fluidos.

A copa das árvores estão vivas a nos perscrutar em silêncio.

No quilômetro sétimo o asfalto deixa de existir.

O carro, parado, balança.

Há uma lança apontada para nossos corações...

A higwhay é finita e silenciosa...

Os corpos ardem no capô do carro...

O pneu, mesmo parado, esquenta...

A borracha quase derrete...

O motor ferve, mas não funde...

É a rota do paraíso...

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 29/02/2016
Código do texto: T5558946
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