Eco

Eco

Não espere se livrar dos livros,

São mentiras que parecem verdades,

Ler é uma viagem na irrealidade cotidiana...

Escreva um diário mínimo,

Ainda que viva entre a mentira e a ironia,

Ou que se resuma a cinco escritos morais...

A definição de arte é uma estrutura ausente,

É quase a mesma coisa

Sobre Literatura...

Como se faz uma tese

Sobre Semiótica e filosofia da linguagem?

Eis a busca da linguagem perfeita...

Farei seis passeios pelo bosque da ficção,

Lá encontro Kant e o Ornitorrinco

Falando sobre os limites da interpretação...

Quero saber a História da Terra e de Lugares Lendários,

Quero saber a História da Beleza,

Mas também a História do Feio...

Me preocupo com as formas do conteúdo

Da árvore ao labirinto,

Me preocupa a produção de signos mágicos...

Vou escrever sobre o espelho

E sobre outros ensaios,

Tantos... já tenho uma vertigem das listas...

Descubro o signo de três cavaleiros das cruzadas,

A Arte e a Beleza na estética medieval

Está no signo...

Desafio o Super-Homem de Massa,

Mas me escondo entre os Apocalípticos e os Integrados,

Minha obra aberta, meu segundo diário mínimo...

Em que crêem os que não crêem?

No Número Zero, decerto...

Fixo o olho no Pêndulo de Foucault,

Na misteriosa chama da Rainha Loana,

Vou com Baudolino ao Cemitério de Praga,

Naufrago na Ilha do Dia Anterior...

Sou um leitor na fábula,

Numa busca louca entre interpretação e superinterpretação,

No labirinto da biblioteca, descubro o nome da Rosa...