O TROFÉU
 
Quero tudo o que já tive,
do amor quero os matizes,
da paixão eu quero a chama.
Sob a fogueira apagada
inda restam muitas brasas,
prontas, prestes a queimar.
Basta só que o vento sopre
(venha do Sul ou do Norte),
para que elas despertem
exuberantes, fogosas...
Quem sabe dali nasçam rosas
para enfeitar meu chapéu.
E esse chapéu tão florido
será o mais rico troféu,
que exibirei orgulhosa,
frente ao mundo, à Terra inteira,
pois das cinzas da fogueira
que parecia apagada,
nasceram rosas vermelhas,
lindas rosas encarnadas.

               .  .  .

 
Lindas rosas encarnadas
 não são porém, teu troféu
 fazer-te maior das amadas
 quando eu romper o teu véu...