SUCATA
E então, veio aquela vontade de virar chuva
E fertilizar sua vontade de me querer,
Purificar seu desejo de mim, lá, na maior poça
E renovar meu eu em você, em tempestades de prazeres.
Ah!... que vontade! Vontade de ser andorinha!
Tatuar-me em seu coração, mudando os ares, a direção!
Deixando a sorte como recordação, voando ao sabor de seus ventos!
Vontade que dá!
Dá e não recebe... porque você passa e não me percebe.
Sou chuva abstrata,
Andorinha impercebível,
Invisível e condenada.
Subsistindo e nutrindo-me...
Como Sucata...