Arauto
Apregoei verdades indizíveis
aos ouvidos ressabiados dos passantes,
mas não se detiveram;
nem me ouviram...
Passaram.
E tudo ficou como era antes.
Eu quis inculcar nas moucas mentes
as palavras do fim de um quase-início;
e riram-se de mim – indiferentes...
Ó precipício! Eu não te soube o fundo e ainda caio;
trespasso um mundo condenado,
mas do outro lado não saio...