Sem fuga

Tenho, na fuga, a passagem interrompida,

sem saída e sem beco;

e um medo seco na garganta...

Eu volto à cela deserta;

e sem janela a ser aberta

de nada adianta

que o sonho escape por entre as grades

nas tardes mortas e incertas...

A noite logo volta e cobre tudo.

Tudo encobre

na prisão em que me afundo

sem culpa e sem sentença...

Apenas uma presença

ausente do mundo!

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 02/10/2005
Código do texto: T55629