Sem fuga
Tenho, na fuga, a passagem interrompida,
sem saída e sem beco;
e um medo seco na garganta...
Eu volto à cela deserta;
e sem janela a ser aberta
de nada adianta
que o sonho escape por entre as grades
nas tardes mortas e incertas...
A noite logo volta e cobre tudo.
Tudo encobre
na prisão em que me afundo
sem culpa e sem sentença...
Apenas uma presença
ausente do mundo!