A BATALHA DA LOUCURA - Poesia nº 31 do meu segundo livro "Internamente exposto"

Ainda que então premente sim, eu me oponha,

Na distância desta minha realidade já findando;

Sou eu, esse vasto castigo!

No destino, por outros, sou repulsa e vergonha;

E nas paredes deste, o viver me transmutando,

No apelo do que fustigo!

Um alvo sem saber, no que é limitado, sem fervor,

Muito maior do que seja, pela grande e podre vida,

Desumana em suas validades!

É a pena dessa batalha que eu travo com o horror,

E esta mesma não dá tréguas; é imagem engolida

Num espelho de insanidades!

Ah! Meu eu por dentro..., o que eu fiz, me diga?

Que a mente não mais ajuda e nem mais sente,

O que foi ser feliz um dia!

Já em mim, não foi costurada a maldade inimiga,

Que se deixava usar feito dor, num ato demente,

Que no meu peito se ardia!

A minha cruz é a guerra da mente, alma e carcaça,

Na vestida existência, que cá de mim se despede,

Devorando-se sem ufanares...

Sou a presa na mão da loucura que não me rechaça.

Não a enfrento sem razão. O que me falta ela concede,

Na batalha dos nossos altares!

Setedados
Enviado por Setedados em 07/03/2016
Reeditado em 07/03/2016
Código do texto: T5565799
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.