TRANSBORDANDO

Dormem os sonhos

Envolta aos meus braços embalo

Embora eu não os mande,

Aninho-me ainda que infarte

Anseio- o ao cair à luz

Tua nudez em minha alvorada

O despertar sobre o peito que jorra

No corpo latente que arde

A dor sem alento anuvia a vista

Lampeja os arredores da casa

No ente permeia enfado aragem

Me partes tamanha saudade

Me mata de fome e de sede

Me despe seu olhar devasso

Esbravejo silenciosa ao se dizer amigo,

Provoco arte manias tais...

A boca que banha parece que chora

Aos desmames dos lábios meus ais...

Só me acorde desse que transbordo

Quando supridas minhas vontades...

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 10/03/2016
Reeditado em 10/03/2016
Código do texto: T5569182
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