TRANSBORDANDO
Dormem os sonhos
Envolta aos meus braços embalo
Embora eu não os mande,
Aninho-me ainda que infarte
Anseio- o ao cair à luz
Tua nudez em minha alvorada
O despertar sobre o peito que jorra
No corpo latente que arde
A dor sem alento anuvia a vista
Lampeja os arredores da casa
No ente permeia enfado aragem
Me partes tamanha saudade
Me mata de fome e de sede
Me despe seu olhar devasso
Esbravejo silenciosa ao se dizer amigo,
Provoco arte manias tais...
A boca que banha parece que chora
Aos desmames dos lábios meus ais...
Só me acorde desse que transbordo
Quando supridas minhas vontades...