RAUL REVIVAL

Levava a velha guitarra sua companheira

Chegou na estação com o sol bolinando as estrelas

Não se despediu de ninguém para não deixar

Que alguém olhasse nos seus olhos e lhe visse chorar

O vento frio, o assobio e o fio da navalha

A dilacerar seus últimos dias de batalhas

A vida é uma lamina de aço e sua alma retalha

Por quem os sinos dobram tarda mas não falha

Ao longe o apito do trem no romper da aurora

Lentamente se aproxima é o trem das 7 horas

Pelos campos e cidades, por becos e lares ele passará

Porque o trem das 7 passa em qualquer lugar

Seu ponto de partida é por todos programado

No trem, só viaja quem tem bilhete carimbado

Nele o por que do bem e o mal andarem lado a lado

Todos os segredos e mistérios nele serão revelados

E o trem de todos nós agora segue a sua estrada

E nele vai o condutor em mais uma jornada

Queria ver a sua cara quando percebeu que havia um desertor

Que desistiu da viagem e se mandou pro céu num disco voador

E tem nego que acredita que o poeta cansou e foi dormir de touca

Ah! Ele vai é zumbizar feito abelha africana e pousar na sopa

Dos que ficaram apenas para ser uma metamorfose ambulante

Sabe, essa gente que age como se viver, lhe fosse o bastante.

Por isso é chegada a hora da gente fazer aquilo que ele fez

Não há presente sem passado e o futuro diz que agora é nossa vez

E tentar outra vez é tudo aquilo que a gente sempre mais ouviu

Senão, como disse RAUL, contentem-se com o mingau e vamos

ALUGAR O BRASIL!

E fim de papo!!!

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 12/03/2016
Código do texto: T5571914
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.