Dança do Desconhecer
Nas sombras
Silhuetas se formam
Quem vê
Acende o fogo da imaginação
Meros corpos que dançam atrás de tecidos
Ninguém vê os rostos
Daquelas que estão seduzindo
O espectador
As belas silhuetas se vão
Ó, que trágico então
Continuam sem face
Se despedem
Deixam a plateia de um só
A vê-las partir
Com desejo de apreciar suas fisionomias.
Curiosidade sem ação
Não é afeto
É mera fantasia.