Saltando no vazio

No fausto vivia prisioneira

como fosse no claustro;

algema dourada no anular

e o coração congelado na ausência.

Pequenas rugas insones

e grandes fugas ansiolíticas...

Cansou-se um dia

e da torre saltou para o vazio

sentindo um instante de liberdade

e o frio na barriga...

Enfim, divorciada,

aprendeu os prazeres da vida:

Às rugas – a plástica;

às fugas – ginástica;

e por fim, na corda elástica do bungee-jump, assustada,

da torre saltou para o vazio...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 02/10/2005
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