Saltando no vazio
No fausto vivia prisioneira
como fosse no claustro;
algema dourada no anular
e o coração congelado na ausência.
Pequenas rugas insones
e grandes fugas ansiolíticas...
Cansou-se um dia
e da torre saltou para o vazio
sentindo um instante de liberdade
e o frio na barriga...
Enfim, divorciada,
aprendeu os prazeres da vida:
Às rugas – a plástica;
às fugas – ginástica;
e por fim, na corda elástica do bungee-jump, assustada,
da torre saltou para o vazio...