(imagem Google)
“A gente não desiste do que quer, a gente desiste do que dói”
ADEUS AO SONHO
Diante da imensidão das águas,
espreitando o longíquo horizonte,
meu olhar viaja pelo
vão das mágoas ondeantes
à procura de ti,
à procura de mim,
à procura do sonho distante...
Recolho as âncoras,
parto na maré alta...
Como náufrago
em distante mar revolto,
à deriva, singro sem direção,
sem rumo, sem remo, sem chão...
buscando a sensatez
num ato insensato de estupidez.
Atraquei no porto
dos sonhos impossiveis...
Me perdi na busca de uma espera
de palavras que não vieram,
no silêncio intocado
da mudez sem tréguas,
da indiferença sem rédeas
que machuca e que dilacera.
Por sobre as pedras
desse cruel abismo,
nesse limiar que o amor
não aprendeu ultrapassar
afoguei-me nas turvas águas
das palavras não ditas,
na inconfessa confissão demente
desse querer dolente.
E em gritos calados,
sufocados,
no avesso de mim,
no desapaixonar-me de ti,
no prenúncio do alvorecer
de um outono tardonho,
desisto, enfim, do que dói
digo adeus ao sonho...
Suzana França
(às margens do Rio Grande, Uberaba, em 26/03/2016)
♫ ♫ Even Now - Nana Mouskouri ♫ ♫
“A gente não desiste do que quer, a gente desiste do que dói”
ADEUS AO SONHO
Diante da imensidão das águas,
espreitando o longíquo horizonte,
meu olhar viaja pelo
vão das mágoas ondeantes
à procura de ti,
à procura de mim,
à procura do sonho distante...
Recolho as âncoras,
parto na maré alta...
Como náufrago
em distante mar revolto,
à deriva, singro sem direção,
sem rumo, sem remo, sem chão...
buscando a sensatez
num ato insensato de estupidez.
Atraquei no porto
dos sonhos impossiveis...
Me perdi na busca de uma espera
de palavras que não vieram,
no silêncio intocado
da mudez sem tréguas,
da indiferença sem rédeas
que machuca e que dilacera.
Por sobre as pedras
desse cruel abismo,
nesse limiar que o amor
não aprendeu ultrapassar
afoguei-me nas turvas águas
das palavras não ditas,
na inconfessa confissão demente
desse querer dolente.
E em gritos calados,
sufocados,
no avesso de mim,
no desapaixonar-me de ti,
no prenúncio do alvorecer
de um outono tardonho,
desisto, enfim, do que dói
digo adeus ao sonho...
Suzana França
(às margens do Rio Grande, Uberaba, em 26/03/2016)
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