A brandura que vi morrer

A brandura que vi morrer

Vi o solo rachar sob o sol

A vida extinguir-se lentamente

Cego pela beleza do arrebol

Uma lágrima desce solenemente

Vi a pele seca pelo trabalho

A aspereza em tentar semear

Enxugando o rosto em retalho

Quando a fé ameaça lhe deixar

Vi um rebanho aos poucos perecer

Por entre arbustos e espinhos

Senti o coração cessar de bater

E tão triste... desolado e sozinho

Vi a brandura que existia morrer

Os sorrisos singelos amarelados

Tal cena fizera estarrecer

Aquele espírito outrora obstinado

Vi a esperança deixar a alma

Tempos difíceis certamente virão

Por isso meu filho eu peço calma

Olhe para o céu e sinta seu coração

Vi assim a vida reascender

Neste solo de trevas e amor

A mão forte Daquele a proteger

Que na fé fez seu grande labor

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 29/03/2016
Código do texto: T5588660
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