MOSTRAR A ALMA
MOSTRAR A ALMA
Poeta é passageiro clandestino
Das emoções do momento
Deixa o coração bater em desatino
Provocando bolhas no pensamento
Denise
E uma a uma as bolhas estouram
E escorrem sentimentos pelos poros
Nem a boca, nem o pensamento
Calam o que a alma sente no momento
(Vestida de água)
E o poeta em sua nudez de alma
Arranha o cerne da bandida vida
E evoca deuses em céus longínquos
gestando os versos com toda primazia..
(Vestida de água)
Cada linha do poema
Vem do seu pensamento?
"Não, eu temo que não"
Cada verso é um rebento
Que rouba pra si a cena,
E nasce do coração...
(Sergio Serra)
O poeta paridor de emoções latentes
Vê este mundo com outras lentes
Vagueia na imensidão do mundo
Suspenso por fios de amor
Levita num navegar profundo
Querendo aos poucos tocar a flor
(Denise)
Morre aos poucos em cada verso
Mostrando a alma aos diversos
Infinitos , grandiosos resplandecentes
Que de tão lindos cativam a gente
(Denise)
E ao morrer ressuscita o elo
Que se perdeu entre o absurdo e o belo
Volta a alma ao corpo flamejante
E o Poeta mostra as lágrimas no instante!
(Vestida de água)
Denise de Souza Severgnini
Os versos são filhos
gerados com glória,
fecundos na alma,
pelo coração.
Criados pela paixão
e só o amor lhes acalma.
Às vezes fazem a história
de um pobre poeta, sem brilho.
(Marcos Maia)