NOTURNO

As sombras da noite que escoam

Por entre as ruas escuras,

Lentas, vagueiam, destoam

Dos pios das criaturas

A noite que cheira a chuva,

No tempo que faz a curva

Da noite parte pro dia

Enchendo tudo de sol, devolvendo a alegria

O tempo caminha lento,

No espaço negro, o vento

Sussurra seu sorpo manso

E se espalha, procura descanso

O silêncio é rei noturno,

Impera entre os sentidos,

Pros sonhos que são bem-vindos

Mesmo num beco soturno.

GLÉCIA FERREIRA
Enviado por GLÉCIA FERREIRA em 10/07/2007
Código do texto: T558989
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