NOSSA GENTE
Nossa vida, nossa gente,
Nosso futebol corrente,
Nosso samba permanente.
Brasil!
Dos mil gols do rei Pelé,
Do café, cacau, soja e cana.
Da inflação do chuchu
E da banana.
Nossos sonhos nas novelas,
Nosso sexo transposto às telas,
Nossa glória de quimeras.
Brasil!
Do carnaval campeão,
Do sertão, dos índios, da mata.
Do tropical terno e gravata.
Não há porque chorar,
Nem há porque sorrir,
E essa indiiferença
Provoca a descrença
Num melhor porvir.
Não há porque brigar
Sobre o mal que surgir.
Quem quer nos conquistar,
Sempre vai tentar
Mais nos desunir.
Hoje é o primeiro dia
Do lindo mês de abril.
Numa antiga estripulia,
Com a esquadra que surgia,
Cabral fez que descobriu
(na verdade só fingiu)
Nosso grande e lindo
Brasil!