Buraco branco
Você é a dona do escuro da noite
Tantos outros se ocupam das estrelas, lua
Postes, faróis, velas e luminárias
Mas você controla o porquê
De todos esses existirem
E se você controlasse também a luz do sol
Todos os que se ocupam das paredes, venezianas
cortinas, chapéus, telhas e pálpebras
Seriam escravos da condição
De você mandar em meio motivo da vida
Sua posição é assim muito segura
Nunca erra, nem será diferente algum dia
É tão dona de si mesma
Que faz com que reflitamos alguma maneira
De contrastar algo ao seu breu absoluto
E à noite não há luz que te apague
Nem vazio que se compare
À força do seu connhecimento
Do fato simples de que o sol morreu
E deixou você como dona do escuro que se seguiu...