Infinitude de uma mente confusa

Infinitude de uma mente confusa

Se chove, contorce-se de felicidade

O céu chumbo repleto de relâmpagos

Clama com fé uma grande tempestade

Beleza vil reconhecida em seu âmago

Traduz a morte com singela pureza

Enquanto milhares desabam em lágrimas

São pó, todos da mesma natureza

Vivendo antes de gritar lástima

Se há criança em choro copioso

Quando a fome atinge seu estômago

Há também um ser belo e harmonioso

Que preexiste ao cruel estrago

Ah! Pois reside nesta mente confusa

Um olhar que não vê trevas nem dor

Vê apenas uma inconsequência difusa

Que anseio outro olhar de amor

E assim, quando olhar as cenas horripilantes

Tão louco será quanto esta mente

Pois na fala daqueles delirantes

Será mais um cruel palhaço demente

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 06/04/2016
Código do texto: T5596404
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.