Eu Sou Eu, Cara! Seja Você!
Sinto um cheiro de vômito no ar...
Mal posso respirar...
O azedume do tempo torpe entorta a reedição de meus dias...
Não quero me render ao desespero...
E nem me abraçar a um monte de entulho humano...
Vivo além de carroças e construções materiais...
Não penso na imposição social de ser um igual...
Sou e sempre serei eu mesmo...
Isso mesmo!
Eu mesmo!
Não visto a marca e nem o carimbo quente na face estampada...
Sou eu mesmo, cara!
Não ostento as glórias que outros fizeram por outros...
Minha história escrevo com a tinta do sangue de minhas próprias e velhas veias...
Minhas digitais são animais em debandada desse monte de cambada falha, corriqueira e plastificada.
Eu sou eu, cara!