O QUE FAZER DO MAL
O que fazer do mal
Quando atingido em cheio
Sem ao menos um sinal
Eu que não sou do meio
Atirado ao fundo
Tão desprevenido
Por ora chafurdo
Totalmente combalido
Forço as paredes
Tentando o impulso
Que me livre da rede
De que me fiz preso
Forço os limites
A ferida a doer
À espera de rebotes
Que possam me reerguer
Dependo de um esforço
Contrário às expectativas
Pois do mal em que me torço
Há de surgirem forças altivas
Que desfaçam o cenho
Que do mal provenha o bem
Que a partir do meu desempenho
Minhas convicções se restaurem
Que da queda inesperada
Que do desespero no escuro
Eu possa estender uma escada
Abrilhantar o meu futuro
Sanadas as dores
Muito mais resiliente
Aberto a novos amores
Mais forte e crente
De que sou capaz de perdoar
Ao mesmo tempo reconstruir
Livre voltar a voar
Refeito tornar a progredir