O QUE FAZER DO MAL

O que fazer do mal

Quando atingido em cheio

Sem ao menos um sinal

Eu que não sou do meio

Atirado ao fundo

Tão desprevenido

Por ora chafurdo

Totalmente combalido

Forço as paredes

Tentando o impulso

Que me livre da rede

De que me fiz preso

Forço os limites

A ferida a doer

À espera de rebotes

Que possam me reerguer

Dependo de um esforço

Contrário às expectativas

Pois do mal em que me torço

Há de surgirem forças altivas

Que desfaçam o cenho

Que do mal provenha o bem

Que a partir do meu desempenho

Minhas convicções se restaurem

Que da queda inesperada

Que do desespero no escuro

Eu possa estender uma escada

Abrilhantar o meu futuro

Sanadas as dores

Muito mais resiliente

Aberto a novos amores

Mais forte e crente

De que sou capaz de perdoar

Ao mesmo tempo reconstruir

Livre voltar a voar

Refeito tornar a progredir

Ci Moreira
Enviado por Ci Moreira em 21/04/2016
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