A Coruja de Ary
A coruja rasga o céu
E desperta os seres
Latentes do submundo
E nessa sutileza
Denota sapiência
Olhos imensos, bico miúdo
A captar essências
Do além mundo
És sábia e sutil
Nos cânticos noturnos
Da clarividência
O oráculo do oculto
Revelando mistérios
Da visão holística
Que está por dentro
Deslumbrante ave
Voas no silêncio
Tateando o céu
Em seu crepúsculo
Ave, soberana,
Noturna e notívaga
Mascote fiel das
Melhores bruxas
Em que se disfarças
De vez em quando
Oh, Deusa da Morte
Guardiã dos cemitérios
Seu canto agourento
Arrepia a alma
No topo de tudo
Da alimentar cadeia,
Anseias além disso
Ainda que pra sempre
De ardilosidade e mistério