Entre fendas e veredas


Deleito-me ao divisar por entre as fendas
De tuas vestes, reduzidas a uma camiseta,
O contorno de teu seio, quando gotejante
E túrgido, a exalar feromônios desta faceta
Da fêmea que és, revestida com meras rendas.

Teus mamilos que ouriçados marcam o tecido,
Pontos equidistantes em que gotas de tua essência
Porejam sentidas lágrimas por teu amor amante,
Eivadas mais de pureza que de insana indecência,
Mostrando-me a beleza do tudo que temos vivido.

Singro pelo vale de teu regaço, deliciado com o olor
Que dele emana, absorto a sugar o leite jorrado,
Néctar dos deuses, maná de poucos privilegiados
Que ousaram um dia amar como temos nos amado,
Neste bailar de corpos suados ao balanço do amor.

Ato seguinte, ingresso à procura de tuas veredas,
Em que me perco, por certo por serem tantas,
Alcatifadas de flores que as circundam aos lados,
Ouvindo-a sussurrar distante o quanto te encantas
Ao ver tornar em chamas o que antes labareda...
LHMignone
Enviado por LHMignone em 01/05/2016
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