É Preciso que eu Cante o Vento...

Pois ele é monossilábico e pouco celebrado,

O vento que sopra na praia ou nas montanhas,

Que assanha os cabelos da jovem estudante,

E que levanta a saia da senhora recatada,

Invisível, contudo, quase onipresente no mundo,

Move hélices, papéis, cortinas e barcos à vela,

Serpenteia o lixo da rua, erguendo-o para o ar,

Esfria os nossos corpos do calor do verão tropical,

E invade as nossas casas à qualquer momento,

Por isso, é preciso que eu cante o vento.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 02/05/2016
Código do texto: T5623032
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