Confinado na Letargia
Confinado na Letargia
Enquanto me procurava
Louco entre torvelinho
A inquietação que amava
Os estrondos no caminho
O chicotear das ondas de ar
Mais um passo sem respirar
Então vácuo, grande afonia
Confinado na letargia
O pizzicato que inundava
Sinfônicas perderam o som
O ritmo aos poucos parava
Escorrega-se no tom
O canto começa a arfar
A música começa a desabar
São partes de novas vazias
Confinado na letargia
Eu, música assim suspirava
Arfava de eufonia urgente
Minha mente alucinava
Apenas o silencio presente
O corpo rijo vem a desabar
A alma esvai-se pelo ar
Sons, tons, perdia a harmonia
Confiando na letargia
Eduardo Benetti