FÊNIX...ANTES, DURANTE E DEPOIS...
Mesmo que no instante
Não venha haver o segundo
E não se cumpra a hora,
O tempo não se esgota.
Mesmo que o espelho
Não reflita o que é passado
E não se guarde a imagem,
O sonho da eternidade permanece.
Como o cristal que brilha
Nas ondas espumantes de sal.
Abre e não cala...fala...
Não espera passar a vida.
Quando formos fornos e fogos
Brasas e asas entre mortos e vivos,
Encontraremos no sopro da voz
O milagre da fênix.
Vidas que vêem...
Vidas que nascem...
Vidas que vivem...
Vidas que vão...
Entristecer...
Sufoca a cor da flor,
Seca o rio das lágrimas,
Abafa o som do socorro.
Quantas voltas haverão de serem dadas
Para o segundo se ver nas horas,
Trilhando o regresso da rima?
Pois o tempo não tarda.
Tchellyno // Gelli