Marlene II

Pesa saber

de seu não sobrar

uma única célula,

do seu debater-se

em busca de luminária

e de uma toalha

para os teus líquidos involuntários.

Se fui mesquinho. Somos.

O depois não nos

vislumbrava nada

além do nada já exato de seus duros lábios.

O momento não era

a calha da independência.

Era o ponto: final.

Os teus tremores.

Os teus anos obliterada em jaulas.

Nossos açoites.

O teu peso leve.

Minha medida inexata te levando à loucura.

Os erros tolos, nossos, dela...

Tudo emoldurou-se

em um quadro parado no tempo.

Um piquenique de domingo apagado.

Jardel Rodrigues Ferreira
Enviado por Jardel Rodrigues Ferreira em 04/05/2016
Reeditado em 23/06/2016
Código do texto: T5625400
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