Sete da manhã

o ar frio invade meu quarto,

pelo tato gelado nos lençóis

sinto nascer um novo tempo

no jardim de inverno

pingos ritmados deslizam

o viço verde das folhas

a fumaça do incenso massala

espirala e abraça

a palmeira asiática

movimentos delicados

projetam uma aurora

dentro e fora

enquadram em viva obra prima

a manhã chuvosa que me desperta

os sentimentos da alma

deitada, deleito ricos detalhes de nossa primogênita cena

e cada florescência vermelha, violeta, amarela

ecoa tua voz dizendo belas, a cores vivas da natureza

embevecer-me nessas memórias

resigna-me sua ausência

teço em versos o prenúncio

da incógnita que nos espera

enquanto o cosmo move

naturalmente

as peças

Jady Tariane
Enviado por Jady Tariane em 09/05/2016
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T5630244
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