Na teia do destino
O meu destino fia lentamente
a frágil teia qual fosse aranha
e em meu vôo negligente ele me apanha
e eu me debato inutilmente.
não há saída se a vida é feito teia
e me cerceia o voejar à frente...
Pouco me importa! Eu vou indiferente,
ao meu destino, talvez, servir de ceia...
Melhor voar de encontro à teia certa
a ter deserto o coração, aprisionado;
melhor voar a me arrastar desconsolado;
melhor voar, se a morte é mesmo certa...